terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Mercato di Porta Portese




A feira de Porta Portese é a maior feira livre de Roma. Lá pudemos ver a maior diversidade de produtos que um mercado/feira pode oferecer. Tem de tudo: roupas, calçados, joias, antiguidades, arte, comida, bicicletas, instrumentos – não profissionais -, cd’s, livros, dvd’s, cosméticos, guarda-chuva, capas, brinquedos, adubos... Nossa! É uma quantidade absurda de produtos de todas as qualidades e procedências, vendidas por italianos, indianos, paquistaneses, africanos, chineses... Tudo no meio das ruas, numa extensão de nem sei quantos quilômetros. Depois da festança da noite de sábado, sem ressaca pela qualidade do vinho, acordamos muito cedo, pegamos o ônibus e partimos para Trastevere. A feira começa as 6h e termina por volta das 14h – na semana anterior chegamos tarde por conta de compromissos e acabamos por pegar apenas o varrer das ruas -, e o horário das 11h nos pareceu o mais justo, dado que os preços caem vertiginosamente – já estávamos ligados. Chegamos as 9h, com o intuito de percorremos todas as “bancas” e só comprarmos algo no momento do retorno do percurso, pois já seria a hora ideal para compras – importante saber que, por vezes aquele produto que você avistou na ida poderá já não estar mais lá na volta. Ficamos maravilhados com tudo, principalmente com os preços (lembramos de Marcelo e Yuska, mais uma vez, quando nos disseram que na Europa: - com duzentos euros vocês trazem as roupas, as malas e o guarda-roupas se for possível – ai se tivéssemos duzentos euros!). É possível comprar casacos a 3 euros, camisas a 0,50 euros, tênis das melhores marcas por 15 euros, perfumes a 10 euros, e várias bugigangas com um precinho camarada, lógico, se você tiver essa grana viva, não adianta ter cartão. Além dos produtos, Porta Portese é frequentada por todas as pessoas: dos italianos aos turistas que visitam Roma – e como ambos não são poucos a feira é um verdadeiro aglomerado de humanos a caminhar indo e voltando. A palavra aqui é pechinchar, pois eles estão abertos a qualquer choradeira com o intuito de vender. Quando se fala em preço, e como eles podem praticar estes valores, me vem a cabeça o livro “Gomorra” de Roberto Saviano (serve como dica de leitura, ganhei de Vinicius, diretor executivo da Fundarpe, antes de vir para a Itália e este é um livro maravilhoso, valeu Vinícius!). Por volta das 11h a fome atacou e, já que estávamos no mercado, resolvemos experimentar as iguarias que estavam na rua mesmo. Compramos um sanduíche, que até agora não sabemos do que era feito, e comemos deliciados – muito bom, carne (?) com uma infinidade de ervas e verduras e um pão parecendo sírio. Voltamos a caminhar na feira, na busca de comprar alguns utensílios básicos que nossa casa estava necessitando e um casaquinho qualquer que pudesse enganar melhor aquele frio enorme. Resultado: gastamos o mínimo de euros, suados e chorados, e saímos de lá com tudo que queríamos e muito mais, com direito a um mimo para Silvana, pois ela merece.

(Depois teremos novidades sobre o mercado de roupas de Roma: ele não é aqui)

Abaixo postamos algumas imagens para ilustrar o tumulto de Porta Portese.




Bjs para todos.

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