A feira de Porta Portese é a
maior feira livre de Roma. Lá pudemos ver a maior diversidade de produtos que
um mercado/feira pode oferecer. Tem de tudo: roupas, calçados, joias,
antiguidades, arte, comida, bicicletas, instrumentos – não profissionais -, cd’s,
livros, dvd’s, cosméticos, guarda-chuva, capas, brinquedos, adubos... Nossa! É
uma quantidade absurda de produtos de todas as qualidades e procedências,
vendidas por italianos, indianos, paquistaneses, africanos, chineses... Tudo no
meio das ruas, numa extensão de nem sei quantos quilômetros. Depois da festança
da noite de sábado, sem ressaca pela qualidade do vinho, acordamos muito cedo, pegamos
o ônibus e partimos para Trastevere. A feira começa as 6h e termina por volta
das 14h – na semana anterior chegamos tarde por conta de compromissos e
acabamos por pegar apenas o varrer das ruas -, e o horário das 11h nos pareceu
o mais justo, dado que os preços caem vertiginosamente – já estávamos ligados.
Chegamos as 9h, com o intuito de percorremos todas as “bancas” e só comprarmos
algo no momento do retorno do percurso, pois já seria a hora ideal para compras
– importante saber que, por vezes aquele produto que você avistou na ida poderá
já não estar mais lá na volta. Ficamos maravilhados com tudo, principalmente
com os preços (lembramos de Marcelo e Yuska, mais uma vez, quando nos disseram
que na Europa: - com duzentos euros vocês trazem as roupas, as malas e o
guarda-roupas se for possível – ai se tivéssemos duzentos euros!). É possível
comprar casacos a 3 euros, camisas a 0,50 euros, tênis das melhores marcas por
15 euros, perfumes a 10 euros, e várias bugigangas com um precinho camarada, lógico,
se você tiver essa grana viva, não adianta ter cartão. Além dos produtos, Porta
Portese é frequentada por todas as pessoas: dos italianos aos turistas que
visitam Roma – e como ambos não são poucos a feira é um verdadeiro aglomerado
de humanos a caminhar indo e voltando. A palavra aqui é pechinchar, pois eles
estão abertos a qualquer choradeira com o intuito de vender. Quando se fala em
preço, e como eles podem praticar estes valores, me vem a cabeça o livro “Gomorra”
de Roberto Saviano (serve como dica de leitura, ganhei de Vinicius, diretor
executivo da Fundarpe, antes de vir para a Itália e este é um livro
maravilhoso, valeu Vinícius!). Por volta das 11h a fome atacou e, já que
estávamos no mercado, resolvemos experimentar as iguarias que estavam na rua
mesmo. Compramos um sanduíche, que até agora não sabemos do que era feito, e
comemos deliciados – muito bom, carne (?) com uma infinidade de ervas e verduras
e um pão parecendo sírio. Voltamos a caminhar na feira, na busca de comprar
alguns utensílios básicos que nossa casa estava necessitando e um casaquinho
qualquer que pudesse enganar melhor aquele frio enorme. Resultado: gastamos o
mínimo de euros, suados e chorados, e saímos de lá com tudo que queríamos e muito
mais, com direito a um mimo para Silvana, pois ela merece.
(Depois teremos novidades sobre o
mercado de roupas de Roma: ele não é aqui)
Abaixo postamos algumas imagens para ilustrar o
tumulto de Porta Portese.
Bjs para todos.
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