O transporte na cidade de Roma nos parece muito eficiente até o momento. Os ônibus sempre param ao pedido do passageiro, os bondes, os trens e o metrô parecem sempre estar no horário. Os percursos que percorremos até o momento foram noventa por cento de ônibus, dada a objetividade de nossas pretensões nestes primeiros sete dias (dado que temos que encontrar moradia fixa neste primeiro período). O sistema é simples: você vai a um Tabacchi (sinalizado em todos os locais com uma placa com “T” Maiúsculo) e compra um ticket (bilhete) – nas variações de 1 euro para andar 75 minutos, 4 euros para um dia, 11 euros para três dias e 16 euros para uma semana, podendo pegar o transporte quantas vezes quiser durante este período*, sendo o bilhete, a princípio, válido para todos os transportes -, entra no ônibus (ou trem local, metrô ou bonde, com suas próprias variações), registra o bilhete em maquinetas amarelas que se encontram dentro dos ônibus (geralmente tem duas), esta máquina perfura o ticket e marca o horário de início e termino do mesmo (bilhete/ticket). Até aí tudo bem. Os ônibus não tem cobrador, depende da honestidade de cada um para registrar ou não, e vigora uma lei/lenda de fiscalização que diz que o passageiro que for pego sem registrar o seu bilhete tem que pagar cinquenta euros de multa – mas ainda não vimos estes tais fiscais. Depois de algumas viagens de ônibus na cidade e alguns euros a menos no bolso, observamos que os italianos não registram seus bilhetes (ou não compram os mesmos), cabendo a nós estrangeiros (e isto não é regra ou lei) pagar por todos para se transportar. Desta forma, resolvemos hoje, incorporar este “Jeitinho Italiano” para ver se realmente funciona, nos misturando aos mesmos e participando desta malandragem Italiana do “se transportar por todos os lados sem pagar”. Chegamos ao Termini (posto central de transporte de Roma) e compramos dois bilhetes de 1 euro, por precaução, e entramos no ônibus 38 em direção a Via Nizza (próximo a Vila Borghese), local em que iríamos ver um apartamento. O Transporte estava vazio, e ficamos envergonhados de não registrar o ticket/bilhete, então registramos, mas continuamos a ver os Italianos não registrar. Descemos onde queríamos e decidimos que na próxima viagem (a volta) iríamos fazer o combinado. A tática foi: ficar com o bilhete perfurado e vencido da primeira viagem na mão e “dar uma de doido mesmo” para ver se funcionava. Resultado: funcionou! Fizemos três percursos de ônibus por pontos turísticos com o bilhete sem validade ou registro, observando um gigantesco número de turistas estrangeiros entrar e registrar seus bilhetes e um número ainda maior de Italianos entrar e sair sem pagar como nós. Moral da história: Roma fate come i romani (em Roma faça com os Romanos).
*No caso do metrô o bilhete de 1 euro só dá direito a uma viagem;
(Por Guilherme Patriota)
Sil e "marido da Sil", estou adorando o blog!!!! Tenho entrado todos os dias para ver se tem alguma novidade... sobre os fiscais, eles existem sim! Fiquem espertos. Meu marido já teve que pagar os 50 euros e eles não são nem um pouco amistosos ou compreensivos. Quando fui com ele até aí, no primeiro dia saímos do Fiumicino de trem até o Termini e depois ainda pegamos um metrô e um ônibus para o hotel onde ficamos... tb vimos muitas pessoas sem pagar (inclusive turistas) e, quando o fiscal não aparece, ninguém reclama mesmo não. Até os que pagaram não reclamam, é cada um na sua, muito moderno hehehehe! Bjs e aproveitem tudo!
ResponderExcluirkarelayneeeee, que bom que você está gostando do blog. Começou como passa tempo ainda em Recife para ver se eu esquecia a ansiedade e preocupação de vir morar aqui. Pois é menina, essa história de ônibus é meio louca, quase ninguém valida o ticket. Quando ônibus está lotado aí é que não dá mesmo. Mas eu sou muito medrosa com essa história de não validar, kkk, já pensou aparecer um fiscal? Valeu pela dica ficaremos espertos com os tais fiscais. bjs
ExcluirKarelayne, valeu pelo toque. Não nos acostumaremos com este "jeitinho", e todos aqui nos dizem o mesmo que você: os fiscais existem. Apenas tentamos, e conseguimos, utilizar esta tática que a nós está parecendo cotidiana. também achamos bastante moderno este modelo, apenas estranhamos as ações pelos próprios Italianos. continue acompanhando e comentando, se possível.
ResponderExcluirbjs