terça-feira, 19 de junho de 2012

Parigi: un cammino di luce e arte (Parte I)



Ciao

Depois de concluirmos o nosso curso de italiano no Dante Alighieri de Roma, fomos comemorar mais esta conquista em uma maravilhosa viagem a Paris – é óbvio que esta viagem não esteve apenas ligada a comemoração de nossa conclusão do curso, foi a soma deste fato com as datas de menor custo para a realização de nossa ida a França, e o principal: a comemoração de seis meses de nosso casamento. Mais uma vez, nossa partida foi muito cedo – os vôos são mais baratos – e tivemos que fazer aquela velha peregrinação e dormir onde der – neste caso não dormir. Tínhamos que estar no Ciampino – aeroporto – às 5h da manhã, mas os transportes públicos regulares de Roma só funcionam a partir deste mesmo horário. Tínhamos o velho ticket da Terravision (Termini/Ciampino/Termini) que sairia as 4h e 30min, para isso teríamos que pegar um dos ônibus da linha n2 (que faz horários fixos passando pela linha B de metrô durante toda a noite) para chegarmos na estação Termini. Como nunca tínhamos andado neste ônibus, resolvemos sair bem cedo (ou bem tarde de acordo com seu ponto de vista) para ficarmos no Termini esperando a chegado do Terravision. Depois de meia hora de espera na estação Marconi de metrô, o ônibus n2 chegou e nos levou ao ponto de partida (Termini) e nos fez notar algo que ainda não sabíamos: a estação Termini, ao contrário da maioria das estações, aeroportos e rodoviárias da Europa fecha a noite para que ninguém aporte por lá para dormir – talvez este problema se explique pelo volumoso número de imigrantes que vivem e circulam diariamente nas dependências daquela estação. Pois bem, chegando lá e notando que a estação estava fechada, tivemos que ficar duas horas e meia no meio da rua, junto a um numeroso grupo de pessoas que estavam na mesma situação. Nos sentamos em um banco de alvenaria super gelado e ficamos esperando a hora da partida (nesta noite conhecemos um grupo de médicos Equatorianos que estavam na mesma situação e que reclamavam, pois estavam dando uma volta completa na Europa e este era o primeiro lugar que passavam que a estação fechava, não os permitindo descansar um pouco antes de pegar o trem – ficamos com eles por uma hora discutindo a situação italiana e da América do Sul). Depois da espera pegamos o ônibus e chegamos ao aeroporto. Partimos do Ciampino as 06h e 55min, no vôo 9631 da Ryanair, e chagamos ao aeroporto Beauvais de Paris as 9h.




Desta vez não estaríamos sós nas descobertas, como aconteceu em Londres, pois seríamos hospedados em Paris por um casal de amigos que habitam a “cidade luz”, por sinal pessoas de uma generosidade incrível (Débora, brasileira do Rio Grande do Norte, nossa amiga desde Campina Grande, e Kiko, Francês, marido de Debora, agora um amigo que estimamos muito depois de conhecê-lo pessoalmente). Mas nem tudo pode ser tão fácil assim para quem faz viagens como nós, o mais barato possível, pois o aeroporto fica a 77Km de Paris e teríamos que chegar a loja de nossa amiga sem muita ajuda, pois eles trabalham muito e não poderiam, é claro, nos esperar no aeroporto. Pegamos um ônibus do Beauvais até Porte Maillot e de lá pegamos dois metrôs para chegarmos ao trabalho de Debora, que nos esperava – deu tudo certo como já devem imaginar, mas ainda tivemos algumas pequenas complicações no percurso, pois bem, não falamos francês e não tínhamos a menor ideia do que fazer (ai vem a dica: comprem sempre guias de viagem completos, o mais completo possível, pois ajuda bastante na hora da necessidade, não economize nisto, nisto não – a sugestão de bons guias são o da Publifolha, em português, e os Mondadori em italiano). Chegamos, aproximadamente, as 12h no trabalho de Debora, deixamos nossas malas e saímos com ela para almoçar. Almoçamos, comemos sanduiches em uma bela praça (em frente a Igreja de Saint Sulpice), e depois de recebermos algumas dicas, partimos para o primeiro passeio sozinhos, pois tínhamos até as 7h para nos encontrar novamente com Débora para irmos para a casa dela. Então não perdemos tempo. O primeiro lugar que visitamos foi o jardim de Toulerie.









Depois foi a vez do Jardim e o Palácio de Luxemburgo, o Palácio apenas por fora e o jardim em boa parte de seu percurso.

Palácio e Jardim do Luxemburgo


Construído pelo arquiteto Salomom de Brosse (a partir do antigo Hôtel Paticulier), a pedido de Marie de Médicis, mãe do Rei Luís XIII, o Palácio de Luxemburgo está localizado no 6º distrito de Paris, França, e é sede atual do Senado Francês. Seu jardim tem 25 hectares de empedrados e relvas povoados por estátuas e fontes, além de um pomar de macieiras e pereiras e o Teatro de Marionetes. Apesar de não manter quase nada do original de seus interiores, a construção e o mobiliamento são seus principais aspectos artísticos. O conjunto de pinturas, encomendados pela Rainha, estão dispersos em vários museus, sendo os mais celebres o conjunto de 24 telas triunfantes encomendadas a Peter Paul Rubens. Marie se instalou no palácio em 1625, enquanto os trabalhos de construção ainda aconteciam - só em 1631 a obra foi concluída, mesmo ano em que a Rainha Mãe foi expulsa da corte (sob encomenda de Luis XIII o palácio também foi decorado por Nicolas Poussin e Philippe de Champaigne). Habitaram o palácio Gastão Orleans, Ana - Duquesa de Montpensier -, a Duquesa de Guise e o Conde de Provença. Tornou-se prisão durante breve período na Revolução e depois centro do Directorio Francês, sendo mais tarde a primeira residência de Napoleão Bonaparte quando ele era o 1º Cônsul de França. Foi remodelado extensivamente no século XIX e adicionou a sua biblioteca um ciclo de pinturas de Eugêne Delacroix do perirodo de 1845 e 1847. Durante a ocupação alemã de paris, de 1940 a 1944, Göring transformou o palácio em quartel general do Luftwaffe na França, sendo designado, posteriormente, como ponto forte para a defesa da cidade pelas forças alemãs, sofrendo mínimas danificações durante o conflito. Mais a frente, em 1946, foi usado para a conferência de paz do pós-guerra.






Saindo do Luxemburgo, fomos ao Panthéon (pois é, Paris também tem um Pantheon), a Sorbonne e a Igreja de Saint Etienne.

Panthéon


O Panthéon de Paris é uma igreja neo-clássica no Quartier Latin, originalmente uma abadia dedicada a Sainte-Geneviéve, que funciona, principalmente, como espaço para sepultamentos de famosos heróis franceses. Com planos de construção de Jacques-Germain Soufflot, as bases da construção foram lançadas em 1758, graças a promessa do Rei Luis XV – o rei abalado com uma doença misteriosa, em 1744, prometeu construir um edifício digno do padroeiro de Paris se se recuperasse da tal doença, e assim aconteceu -, porém, devido as dificuldades financeiras, só foi concluído depois de 1789, com Soufflot já morto. Como o edifício só foi concluído depois de iniciada a Revolução Francesa, o novo governo ordenou que ele fosse mudado de Igreja para mausoléu, onde seriam enterrados os grandes franceses (voltou a ser igreja, ainda, por duas vezes, mas por fim tornou-se templo para os grandes homens da França). Com fachada decalcada do Pantheon de Roma, o templo francês guarda os restos mortais de Alexandre Dumas (autor de “Os três Mosqueteiros”) – só transferido para lá em 2002 -, Voltaire, Rousseau, Honoré Mirabeau, Marat, Victor Hugo, Émile Zola, Jean Moulin, Marie Curie, René Descartes, Louis Braille e o arquiteto que o projetou, Soufflot. Além de mausoléu o Panthéon francês serviu de espaço para experimentos científicos, como em 1851 quando Léon Foucault demonstrou a rotação da terra por seu experimento conduzido neste espaço.




Sorbonne


A Sorbonne foi fundada como colégio integrante da Universidade de Paris em 1257, por Robert de Sorbón, capelão e confessor do Rei Luís, e intencionava facilitar o ensino da teologia para estudantes pobres. Nesta época Paris tornava-se um centro cultural e científico na Europa, já tendo mais de 20.000 estudantes. Três séculos depois, a Sorbonne se tornou um lugar privilegiado para a realização de debates teológicos com importante papel nas querelas religiosas contra os Jesuítas, no século XVI, e contra os jansenistas, no século XVII. No século XVI, quando já era a faculdade mais importante, a Sorbonne tornou-se o núcleo principal da Universidade. Em 1970, como parte da reação governamental aos movimentos de maio de 1968, a Universidade de Paris foi dividida em treze Universidades autônomas, mantidas com recursos públicos, sendo que quatro dessas compartilham o nome de Sorbonne. Atualmente suas salas, reconstituídas em sua totalidade entre 1885 e 1901, são destinadas sobretudo ao ensino da Humanidades (História, Geografia, Filosofia, Direito e Línguas) – está localizada no Quartier Latin de Paris. Para se ter uma ideia da importância da Sorbonne no pensamento humano, vamos citar alguns ilustres alunos que passaram por lá: São Tomás de Aquino (Padre dominicano e teólogo), Josué de Castro (cientista), Honoré de Balzac (escritor), Simone de Beauvoir (escritora), Jacques Derrida (filósofo), Jean-Luc Godard (cineasta), Ignácio de Loyola (fundador da Companhia de Jesus), Henri Poincaré (matemático e físico), Alexandre V (antipapa), Jorge Coli (historiador), Jean-Paul Sartre (filósofo e escritor), Claude Lévi-Strauss (antropólogo), Sérgio Vieira de Mello (diplomata), Joseph Ratzinger (Papa Bento XVI), Mário de Sá-Carneiro (poeta), Ibrahim Sued, Paulo Evaristo Arns (Cardeal), Pedro Américo (pintor, romancista e poeta), Fernando Henrique Cardoso, Jean Piaget, Maurice Merleau-Ponty, Lygia Clark entre milhares de outros sujeitos fundamentais para o desenvolvimento das ciências e do pensamento humano.




Igreja de Saint Etienne

Erguida sobre as fundações de uma antiga Abadia construída por Clovis, Rei dos Francos, esta igreja foi dedicada a Saint Geneviève, a patrona de Paris. A Popularidade da santa era tanta que, na idade média, seu espaço precisou ser ampliado para acomodar a numerosa quantidade de peregrinos que buscavam suas dependências. Sua construção durou 134 anos (de 1492 a 1626) e resguarda em suas dependências a tumba da própria Geneviève, além das de Racine e Pascal (a igreja está localizada no 5º distrito).







Depois da Saint Etienne, fomos a Notre-Dame, a Cripta arqueológica e demos a primeira passada no Museu do Louvre (aguardem post específico sobre o Museu do Louvre).

Catedral de Notre-Dame


Sendo uma das mais antigas catedrais francesas em estilo gótico, a Notre-Dame teve sua construção iniciada em 1163 e foi dedicada a Maria, mãe de Jesus (por isso o nome Notre-Dame: Nossa Senhora) e está localizada na praça Parvis, Île de la Cité e é rodeada pelo Rio Sena. Notre-Dame surge, com suas ligações de esplendor, integrada as ideias góticas, as necessidades de aspiração da alta sociedade, a uma nova abordagem de edifícios de contato e ascensão espiritual. A arquitetura gótica, no inicio do século XI, é forte em meio a sociedade que observa a vida urbana se transformar a passos mais rápidos. A cidade vê seu ressurgimento extremo nos campos político e econômico, assim como a ascensão da burguesia endinheirada e as influências do clero urbano, e o resultado disso é a crescente substituição das construções religiosas de fora para dentro das cidades e o novo símbolo de prosperidade citadina é a catedral gótica. Como resposta as necessidades deste novo tempo, que é ascendente na França, surge a catedral de Notre-Dame de Paris. O espaço em que foi construído a Notre-Dame já possuía um histórico relativo ao culto religioso. Lá os Celtas celebraram suas cerimônias e os romanos ergueram um templo ao deus Júpiter, além de ter sido, provavelmente, o local da primeira igreja cristã em Paris, a Basílica de Saint-Etienne – por volta de 528 d.C. (ainda, em frente a fachada ocidental da catedral, está o marco zero da França). Em substituição a esta primeira Basílica foi construída uma igreja românica que permaneceu por lá até 1163, ano de inicio de construção da atual catedral. Mas, talvez, o fato que mais tenha atraído os olhares do povo, dos turistas em geral, para Notre-Dame surja a partir de 1831, ano em que Victor Hugo escreveu o romance "Notre-Dame de Paris” (O Corcunda de Notre-Dame), história esta situada na catedral durante a idade média que encantou e encanta o mundo até hoje, abrindo as portas para uma vontade de conhecimento da arquitetura do passado, graças as suas ilustrações poéticas, e ao conhecimento, em si, da Catedral de Notre-Dame de Paris.











Cripta Arqueológica


Localizada abaixo da praça du Parvis, em frente a Notre-Dama, está a cripta arqueológica (ruínas do domínio romano sobre Paris), e não está ai por acaso, pois a Île de la Cité é local do nascimento de Paris, mas só no século XIX que escavações comprovaram a existência de uma cidade romana, Lutécia, nesta localidade. A 6300 anos atrás, estabeleceu-se as margens do rio Sena uma tribo Celta chamada Parisii e em 52 a.C. os romanos saquearam este pequeno povoado no quando de suas pretensões de conquista da Gália, criando a vila de Lutécia. Apesar de ter apenas 5000 habitantes, a vila possuía termas, teatro, fórum, templos, palácios e um grande anfiteatro (características de todas as grandes cidades formadas pelos romanos – vale aqui uma pequena explicação: os romanos, grandes conquistadores, quando tomavam cidades ao seu domínio podiam até deixar, como deixaram, governantes locais no poder, mas exigiam que as cidades implementassem seus modelos de comunidade com a criação de espaços públicos como os acima citados). A cripta possui as ruínas desta vila, além de mapas, objetos, ilustrações e vídeos que dão uma noção bem clara de como era Paris muitos séculos atrás e parte de sua evolução.



Depois da cripta, fomos até o Museu do Louvre (aguardem post específico) para nossa primeira visita – apenas as partes externas (lógico que em todas estas caminhadas, sempre paramos alguns instantes, entre as idas e vindas, sobre o rio Sena para ver suas águas, embarcações e pontes). 



Depois do Louvre fizemos uma pequena caminhada as margens do Sena observando os Bouquinistes (Vendedores de livros, por vezes raros e com edições esgotadas que só se pode encontrar por lá).




De lá, depois de seis horas de visitações e caminhadas (fizemos tudo isso a pé – dá pra observar que o trabalho de nossa amiga Débora fica num local bem centralizado e que Paris, a cidade histórica mesmo, fora a região metropolitana, não é tão gigante assim – a região metropolitana sim é imensa), voltamos para nos encontrar com nossa amiga para irmos descansar em sua casa. Depois de pegar um metrô e um trem, chegamos na casa de nossos amigos, exaustos e prontos para descansar para o próximo dia que prometia muito. Mas quem disse que fomos dormir, chegando a casa de nossos anfitriões, fomos recebidos com uma noite de fondue e vinhos acompanhado de uma ótima conversa que durou boa parte da noite.


No segundo dia, acordamos o mais cedo possível, e não foi um tão cedo assim, pois a noitada foi ótima, tomamos café e saímos para o domingão em Paris – saímos acompanhados de Débora, que foi muito bom, pois quem mora na cidade conhece os melhores transportes e atalhos para chegar o mais rápido possível aos lugares que deseja visitar. 


Este domingo foi um dia histórico, pois aconteciam as eleições para presidente na França e observamos em loco a eleição de François Hollande (PS – Partido socialista), candidato menos conservador que absorve um discurso de integração dos imigrantes – e, diga-se de passagem, que são numerosos em Paris. 


Além de ser o dia das eleições, este também era o primeiro domingo do mês, dia de gratuidade nos museus da França – nos tornamos craques quanto ao assunto gratuidade nas instituições artísticas da Europa – e nosso objetivo era visitar o D`Orsay e o Louvre no mesmo dia. Pois bem, fomos direto para o D`Orsay e, ao chegar lá, desistimos imediatamente de visita-lo neste dia, pois a fila era gigantesca, inacreditável. Saímos então em direção ao Louvre, e já sabíamos que a fila estava durando em média três horas, pois duas amigas de Débora, que estavam na fila, já haviam telefonado e avisado, mesmo assim fomos. O problema nas filas do Louvre é que todos os turistas querem entrar pela pirâmide esquecendo, ou não sabendo, que existem outras entradas de mais fácil acesso. Já tínhamos decidido que, apesar da gratuidade, aquele não seria um bom dia para visitar este museu, mas mesmo assim fomos até lá para encontrar as amigas de Débora. Chegando ao Louvre, nos encaminhamos para outra entrada, que não a pirâmide, enquanto Débora falava ao telefone com suas amigas informando onde nos encontrávamos, e de repente, não sei nem como, observamos que estávamos dentro do Louvre. Foi uma situação meio mágica, mas que também demonstrou um pouco de fragilidade na segurança da instituição, pois entramos sem filas, sem revista e sem passar pelos detectores de metais – ora, não temos nada a reclamar, foi demais. Daí foi só alegria, quatro horas e meia, foi o que deu para aguentar, pois o Louvre tem obras demais e informações demais, para nós ficou claro que é preciso ao menos uma semana para poder observar tudo aquilo. A sugestão que fica aqui é: antes de ir ao museu, faça uma pesquisa e escolha previamente o que deseja observar, pois do contrário, se você quiser sair andando por lá, procurando sem objetividade, talvez se arrependa no final. Nós tínhamos optado por ver, de forma mais específica, claro sem deixar de observar tudo que estava dentro do percurso de passagem entre uma área e outra, os artistas Italianos, os espanhóis, os holandeses e os alemães, pois dentro destas especificidades estariam nossos preferidos – ao menos os que estão no Louvre (aguardem post específico sobre o Museu do Louvre).  





Amigos é realmente incrível a quantidade de obras que existe neste museu, mas é também agoniante, e para nós não é a melhor forma de expor a arte, fica meio chato, informação demais, gente demais, pouca possibilidade de estudar com os olhos os principais trabalhos, mas é o Louvre.  Depois conversando, nos interrogamos sobre quantas situações aconteceram para uma única instituição adquirir tantas obras vindas das mais diversas nacionalidades, não só as pinturas, mas os objetos que remontam boa parte da cultura da humanidade – é bom nem pensar nos motivos e consequências. 




Mas o mais incrível, e todos sabem disso, é ir ver a Monalisa – “A Gioconda” de Leonardo da Vinci. É uma guerra. Outras amigos já tinham nos falado que ela era minúscula e que poderíamos ficar frustrados com a obra, mas para nós o efeito foi inverso: não a achamos tão pequena assim, e pudemos observar que realmente existe algo muito mágico naquela pintura. Em meio a multidão, pequeninos que somos, conseguimos chegar bem próximo e não deixamos de registrar o tumulto em volta daquele significativo quadro para a história da arte mundial (vejam a foto abaixo).


Depois da visitação, com a mente absurdamente cansada de tantas informações, fomos almoçar, e escolhemos o próprio Louvre como local – existem alguns bons restaurantes em suas dependências. Já havíamos perguntado a nossa amiga sobre as comidas mais tradicionais francesas e ela nos disse que ali mesmo poderíamos saborear algumas delas. Fomos ao “Beaudevim Cuisine Français” para provar o “Jambon d`York”, uma carne cozida ao molho de vinho que é, realmente, uma delícia. Saímos de lá satisfeitos e fomos continuar nosso passeio.






Após o Louvre, chegou a vez de irmos a Torre Eiffel, a Champs-Élysées e o Arco do Triunfo, tudo isso a pé, pois adoramos passear a pé, assim conseguimos conhecer coisas inusitadas que por vezes nos transportes públicos ou privados deixamos de observar. No percurso até a Torre Eiffel, observamos várias coisas, várias situações mais cotidianas de Paris, e destacamos a numerosa quantidade de casamentos que estavam sendo realizados – principalmente de chineses - e, o que realmente vimos, um monte de casais recém casados tirando fotos em fontes e pontos históricos da cidade no percurso entre o Louvre e a Torre Eiffel.


Torre Eiffel


Construída como arco de entrada para a “Exposição Universal” de 1889, a Torre Eiffel é o edifício mais alto de Paris, com 324 metros de altura, e é também o monumento, pago, mais visitado do mundo. Projetada por Gustave Eiffel, daí vem seu nome, a torre tornou-se o símbolo mundial da França, sendo reconhecida no mundo inteiro e recebe milhões de visitantes durante todo o ano – já de seu primeiro andar é possível ver Paris inteira. Concluída em 31 de março de 1889, para honrar o centenário da Revolução Francesa, a Torre deveria ser uma estrutura temporária, apenas para a “Exposição Mundial”, mas a estrutura era tão incrível que tomaram a decisão de não desmontá-la, pois além de bela a torre, à época, era o monumento mais alto do mundo. Gustave Eiffel, um notável construtor de estruturas metálicas, concorreu com mais de cem projetos e projetistas para sair-se vencedor e, além da Torre Eiffel, ele já havia desenhado a armação da Estátua da Liberdade, erguida pouco antes em Nova Iorque. O mais incrível é que conta-se que o que realmente a salvou da demolição teria sido o seu valor como antena de transmissão de rádio, que ocupa hoje seus últimos vinte metros (já pensaram?) – a Torre recebe, anualmente, mais de 6 milhões de visitantes.





Champs-Élysées




Com seus cinemas, cafés e lojas de artigos de luxo, a Champs-Élysées é a mais prestigiada avenida de Paris, e uma das mais famosas e caras do mundo – os alugueis chegam a 1, 1 milhão de euros ao ano. O seu nome, em português Campos Elísios, se refere ao lugar dos mortos na mitologia grega, e é lá que acontecem as grandes comemorações populares de Paris e seus desfiles patrióticas ( no dia de nossa passagem por lá, estava tudo pronto para as comemorações do futuro presidente da França - que foi transferia para a Bastille posteriormente).



Arco do Triunfo


Projetado por Jean Chalgrin, com a obra iniciada em 1806 e concluída em 1836, o Arco do triunfo é um monumento construído em comemoração as vitórias militares de Napoleão Bonaparte e localiza-se na praça Charles de Gaulle em uma das extremidades da avenida Champs-Élysées (sua base situa-se no Túmulo do Soldado desconhecido). Com 50 metros de altura, o monumento tem gravado os nomes de 128 batalhas e de 558 generais, e é um dos principais pontos de visitação turística de Paris.


Saindo Arco do triunfo, continuamos andando pela Champs-Élysées para encontrarmos alguns amigos de Débora para jantarmos. Fomos ao “Léon de Bruxxelles”, um restaurante belga, para comermos mexilhões com batatas e cervejas. Foi um jantar muito interessante, com boa comida, uma boa cerveja e um bom bate papo entre brasileiros e franceses – com direito a creme brulee de sobremesa. 








Após o jantar voltamos pra casa para tomar vinho e continuar o bate papo. (continua no próximo post).
Abraços para todos.

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