quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Fettuccine, spaghetti, ecco!






Ciao pessoal,  
hoje foi meu último dia de aula de italiano no Dante Alighieri.  Sai de lá com uma sensação de filho abandonado, ahahahaha. Explico; fiquei pensando... ai ai, não poderei mais levar minhas dúvidas para o professor Andrea, eu vou agora pergunta a quem? Medo.
Pois bem, a  minha primeira aula foi em 24/11/2011, mas eu já vinha estudando italiano acerca de um ano sozinha, pesquisando na internet, livros e estudando pelo bussu (http://www.busuu.com/pt) que muito me ajudou. 
Mas como esta tarefa era solitária, sempre ficavam muitas dúvidas, era então um quebra-cabeça que eu tentava encaixar as peças vendo exemplos.
Até que decidi abrir os bolsos (quer dizer marido abriu os bolsos) e paguei um curso de italiano. Quando começei o curso ainda não tinha certeza se a minha bolsa de estudos seria aprovada, ai pensava... nossa farei um investimento danado e se nada der certo? 
Na minha primeira aula, Andrea meu professor, perguntou porque eu queria aprender italiano e o que eu conhecia desta língua. Eu prontamente respondi: Fettuccine, Spaghetti, Ecco... kkkkkkk. Caímos na maior risada! E ele disse: Você tem muito senso de humor!, e aí eu falei: Professor, eu só posso rir com uma situação dessas, daqui a pouco posso estar em Roma e só me cabe rir da minha condição.
Ao longo das aulas Andrea percebeu que eu já tinha uma boa pronúncia, que entendia um bocadinho e que conseguia escrever algumas coisitas, mas quando eu ia "parlar", kkk, ficava vermelha como pimentão! Então ele acelerou o ritmo e me colocou para parlar o tempo todo.
Mas digo, o melhor deste curso não foi aprofundar meu italiano, mas poder entender a cultura italiana com um professor nativo. Como me dirigir a desconhecidos, como pedir para baixar o preço, como encarar com bom humor e respirando fundo a burocracia italiana, como pedir presunto no supermercado, como entender o preço da conta em restaurante quando sentamos ou comemos em pé, enfim utilidade pública amigos, porque ninguém quer chegar em outro país cometendo gafes ou até descortesias. Nada de pegar na pessoas como fazemos no Brasil, nem de pedir uma informação sem antes dizer "Scusi, per favore", olhar sempre sempre para todos os lados antes de atrevessar a rua, porque os italianos estão sempre acelerando e mais ainda se estiver em Nápoles. Adorei esta dica porque acho que as vezes sou um pouco disléxica no trânsito, ahahaha.
Uma outra coisa que o professor Andrea aconselhou (este conselho já foi me dado aqui também, então sim, tenho um problema que transcende países) foi "Devi parlare più forte" (Você deve falar mais alto), senão o italiano vai confundir com fraqueza, "já que nós - dizia Andrea- falamos alto e gesticulamos muito e sempre queremos ganhar uma discussão falando ainda mais alto (mas não sendo grosseiros, mas falando incisivo). Gelei amigos, Silvana falando alto? Só se for incêndio, kkk. Enfim será que tenho que também fazer um curso de oratória? kkkk
Enfim, depois deste curso no Dante Alighieri eu me sinto muito mais tranquila para encarar a Caput Mundi. Chegando em Roma vou me matricular num curso de conversação para dar mais velocidade as minhas frases, mas o treino vai ser diário e não vou ter como fugir, ainda bem, porque estou apaixonada por este idioma e quero muito domina-lo.
bjs e arriverdeci.

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